quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Atendimento médico ruim

Os norte-americanos morrem mais cedo do que em vários outros países desenvolvidos, e a culpa não é dos suspeitos de sempre - obesidade, acidentes de trânsito e homicídios -, segundo um estudo da Universidade Columbia, de Nova York, divulgado na quinta-feira. O mau atendimento médico é que é o responsável.
De acordo com o estudo, publicado na revista Health Affairs, a taxa de sobrevivência ao longo de 15 anos para homens e mulheres com idades de 45 a 65 anos caiu nos Estados Unidos nas últimas três décadas, em comparação com outros 12 países desenvolvidos.
Peter Muennig, coordenador do estudo, disse que fatores como obesidade, tabagismo, acidentes de trânsito e homicídios foram levados em conta, "mas o que realmente nos surpreendeu é que os suspeitos de sempre não são os culpados", afirmou ele em nota.
"Os EUA não se destacam para pior em nenhuma dessas áreas em relação aos outros países que estudamos, o que nos leva a crer que as falhas no sistema de saúde dos EUA, como o atendimento caro, especializado e fragmentado, devem ter um grande papel nesse desempenho relativamente ruim na melhoria da expectativa de vida."
acompanhante brasileiro foi convocado como testemunha no processo contra o príncipe saudita Saud Abdulaziz bin Nasser al Saud, acusado de assassinar um serviçal em um hotel de Londres em fevereiro.
Pablo Silva, de 31 anos, confirmou ter visitado o príncipe em seu hotel poucos dias antes do assassinato de Bandar Abdulaziz, de 32 anos, supostamente ocorrido durante um "ataque feroz com um elemento sexual".
O príncipe, de 34 anos, admitiu ter causado a morte de seu funcionário, mas negou a intenção e também as acusações de agressão contra ele.
Imagens de uma câmera de circuito interno do Landmark Hotel, no bairro de Marylebone, mostram Al Saud agredindo Abdulaziz dentro do elevador.
O advogado do príncipe, John Kelsey-Fry, negou as sugestões de que Al Saud e Abdulaziz matinham um relacionamento gay.
Elemento sexual
Os promotores do caso dizem que dois acompanhantes visitaram o príncipe no hotel poucos dias antes do assassinato, no dia 15 de fevereiro.
O brasileiro Pablo Silva disse que foi chamado pelo príncipe ao seu hotel cinco estrelas por meio de sites na internet nos quais oferecia seus serviços.
Em seu testemunho à Justiça, feito em português e com a ajuda de um intérprete, Silva disse não poder identificar se o homem a quem atendeu era realmente o príncipe.
Ele também disse não se lembrar com exatidão se houve algum elemento sexual no encontro com o príncipe, mas afirmou que provavelmente teria havido.
Silva disse ter sido pago com notas novas de 50 libras.
Doutorado
O brasileiro disse fazer um doutorado em matemática em Portugal, mas afirmou que visitava Londres para aprender inglês e aproveitava para trabalhar como acompanhante para pagar a estada.
Ele afirmou ter sido recebido por um homem "muito gentil", que "não era inglês", mas disse que não saberia dizer seu exato tom de pele.
"Acredito que ele estava sozinho. Fiz algumas perguntas superficiais sobre Londres e se ele gostava de Londres, mas não lembro muito de nossa conversa", disse Pablo.
"Eu perguntei se ele queria uma massagem e pedi a ele que tirasse um pouco de roupa para que eu pudesse fazer a massagem", disse. "Geralmente eu também tiro minha camisa ou minhas calças para provocar um pouco mais meu cliente", afirmou.
O número de telefone do brasileiro estava em uma lista encontrada pela polícia no quarto de hotel do príncipe saudita.

Notícias sobre o mundo

Um José Serra seguro e mais incisivo contra o governo apareceu diante dos principais aliados regionais nesta quarta-feira para dar diversos recados.
O primeiro: manterá a estratégia original de comparar biografias com Dilma Rousseff (PT) e pontuar suas diferenças.
A uma plateia de autoridades regionais, muitas das quais vitoriosas e algumas outras tantas derrotadas nas urnas de domingo, o tucano fez um discurso para dentro.
O objetivo foi mostrar força, unidade, e motivar sua coligação a colocar o bloco na rua para multiplicar os 33 milhões de votos recebidos em 3 de outubro.
"Foi um discurso para dar a linha de ação neste segundo turno", disse o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), que não conseguiu se eleger senador no último domingo.
Serra endureceu suas críticas, sobretudo em relação aos valores morais.
"Nós não queremos um Brasil parecido com a casa da mãe Joana, onde os governos fazem o que querem, como querem e na hora que querem. Queremos um governo que respeite as instituições."
O evento foi um contraponto à reunião feita por Dilma na segunda-feira, em que reuniu governadores e senadores vitoriosos.
O clima desta noite não irradiava a tensão do encontro da petista, em que diversos aliados demonstravam uma dose de preocupação com a disputa.
Diversos oposicionistas mostraram otimismo nesta quarta. Celebram uma disputa muito mais equilibrada nesta fase da campanha. O tempo de TV de cada lado, por exemplo, passa a ser dividido igualmente entre os dois presidenciáveis.
Serra voltou a ressaltar sua biografia "limpa", induzindo à comparação com os recentes escândalos que acabaram por tirar o primeiro turno das mãos do PT.
"Ocupo cargos há 27 anos, vocês nunca ouviram falar de alguma sujeirinha de minha vida."
A plateia escutava atenta e pareceu não ter ligado quando o candidato cometeu se confundiu ao alfinetar sua adversária com o tema aborto.
"Eu nunca disse que sou contra o aborto, porque sou a favor", disse, para rapidamente se corrigir. "Ou melhor, nunca disse que era a favor do aborto, porque sou contra o aborto."